29.4.08

Wolf Parade - "At Mount Zoomer"






















Ainda não se lhe conhece a cara, ao mais novo dos Wolf Parade.
Mas já não haverá descanso para os ouvidos.
E é tão perfeitinho...

"Soldier's Grin"
"Language City"
"California Dreamer"
"The Grey Estates"
"Fine Young Cannibals"

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(C)

REWIND #9

The Avalanches - "Frontier Psychiatrist" (2000)
(C)

28.4.08

Jealous Girlfriends



Mesmo antes de editarem o álbum de estreia, já emprestavam uma ou outra nota a séries como The L Word, CSI ou Grey’s Anatomy.
O vídeo do tema “How Now” ganhou o prémio de melhor vídeo num qualquer concurso da iPod. Mas tudo isso são, quanto a mim, frivolidades face à qualidade da música destes meninos e menina.
O LP homónimo com que se estreiam é daqueles que chegam como quem não quer a coisa, com uma capa girinha e a bem esgalhada nomeada da banda a ajudar a aguçar a curiosidade. Quase de imediato se lhe apanham trejeitos que ajudam a enquadrá-lo em algo já experimentado - absolutamente normal e evidentemente que se encontram alguns, bastantes até, mas garanto-vos que não é por aí que se nega um incessante repeat a este rock-pop espirituoso.
A voz de Holly Miranda apanhou-me à primeira. As palavras que canta são puro veneno, assentam-lhe como uma luva e recuso qualquer antídoto que as transforme em meigas pirosices. Como se já não fosse pouco, a rapariga ainda dá à guitarra, ao trombone e às teclas. A adensar a intriga, ainda se lhe juntam Josh Abbott (voz, guitarra, bateria), Alex Lipsen (sintetizadores, baixo) e Mike Fadem (bateria).
Nos próximos tempos os Jealous Girlfriends vão andar a partilhar palcos com Sea Wolf. Infelizmente, nenhum deles em solo luso.

"Secret Identity"
"How Now"
"Roboxulla"
"Organs On The Kitchen Floor"
"Something In The Water"

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The Jealous Girlfriends - "Something In The Water" (live In Boston)


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Lindo # 39

Menomena - "Evil Bee"

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27.4.08

Rio En Medio - Staying Alive, 7"

















A partir de 29 de Abril, a Seven Inch Project tem à venda, no seu escaparate virtual, uma pequena preciosidade de sete polegadas limitada a 500 ex. em vinil branco, contendo duas deliciosas covers de dois hinos disco: "Staying Alive" (Bee Gees) e "Let's Groove" (Earth Wind & Fire).
A autora destes calóricos pitéus auditivos é a improvável Danielle Stech-Homsy (Rio En Medio), e, segundo o press release da editora, a coisa surgiu do seguinte modo:

"The inspiration for these disco covers came to Danielle as she was promenading through the local West Indian grocery store in Flatbush, Brooklyn. It was late and Danielle was exhausted from work. As her dazed eyes drifted over bruised plantains she suddenly became aware of a song that was playing on the radio. For days the melody filled Danielle's head and obsessed her imagination. She had only caught a few words but managed to dig it up on the Internet..."Let this groove get you to move...It's alright...alright...a-a-al-right." Weeks later Danielle found herself in a Montreal hotel tapping the beat out on the desk in her room, trying to be as quiet as possible so as not to alert the staff to her nefarious recording activity. The song, one could say, had bewitched her. It had awakened a certain hitherto obscured spirit inside her that, once unleashed, had the power to change her, which it did, causing Danielle to abandon her current life in pursuit of a more dangerous personal freedom and aliveness that she had never known. That's when she understood DISCO - what must have moved so many people, as silly as it now seems to many of us - the magical hold it had on being Alive, struggling against the odds, and for no reason other than to feel something moving in your body and soul..."

Agora o melhor disto tudo é que, em Maio, vamos poder comprovar estas excentricidades ao vivo: dias 26 e 27, Rio En Medio vai estar em Coimbra e Braga, respectivamente, fazendo a primeira parte das manas Cocorosie. Imperfuckindível.

Rio En Medio - Let's Groove

(Z)

Dá-se música


A editora Ghostly International, em colaboração com o hiper-criativo pessoal da [Adult Swim], tem para download gratuito uma interessante compilação de 19 temas, representando todo o catálogo da editora, onde se incluem nomes como Matthew Dear, Dabrye, The Chap e Michna.
O refinado acompanhamento visual, obviamente a cargo da [Adult Swim], inclui a estreia em animação das mascotes da Ghostly - BoyCatBird - no divertido vídeo “City Suckers” (com músicas de Michna e Mux Mool).
Tudo isto à distância de um "click".

(Z)

26.4.08

Weekend Shuffle #16






















Todd Terje & Prins Thomas
- Reinbagan
From Leaf To Father - Night Sun
Christian Prommers Drumlesson - Around The World (instrumental)
Martina Topley Bird - Carnies
Jamie Lidell - Another Day
Holy Fuck - Milk Shake
Baltic Fleet - Baltic Intro
The Presets - Kicking And Screaming
Padded Cell - World Of Mouth
Headman - Catch Me if U Can
Cut Copy - Lights And Music
M83 - Graveyard Girl
Dancing Mice - It's Abnormal
B. Fleischmann - Frisky he said
Major Organ And The Adding Machine - Your Moonpie Eye
The LK - Down By Law


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(Z&C)

25.4.08

Exposição Abril Vinil


Do site da Universidade do Porto:
"Abril Vinil é o nome da exposição que pode ser vista no átrio da Reitoria da Universidade do Porto, a partir das 18 horas da próxima quarta-feira, dia 23 de Abril de 2008, organizada pelo Museu Nacional da Imprensa.

Trata-se de uma mostra inédita que junta cerca de cem discos em vinil de 33 e 45 rotações, editados no período revolucionário do "pós 25 de Abril" de 1974, incluindo alguns dos mais importantes cantores de intervenção nacionais e cujas capas evidenciam diferentes qualidades gráficas ao nível do arranjo e da diversidade de meios de impressão. Sérgio Godinho, Paulo de Carvalho, Fernando Tordo e Fausto são alguns autores cujos discos originais poderão ser vistos na mostra. O "Somos Livres" de Ermelinda Duarte; "Cravo vermelho ao peito" de José Barata Moura; "A Revolução em Marcha" de Tonicha, também estão presentes. Manuel Alegre, Mário Viegas e Ary dos Santos, são alguns dos poetas, cujos discos podem também ser apreciados nesta mostra. "

Sabendo que o evento conta com o dedo vasculhador da Campaínha Eléctrica, no que toca à escolha e relevância histórica das rodelas seleccionadas, só pode ser mesmo de visita obrigatória.
A entrada é livre, camaradas.

Miles Davis - I‘ll Remember April

(Z&C)

23.4.08

The Black Lips, Porto Rio - 21/04/08




Quando a meio de um concerto, o guitarrista da banda que viemos assistir nos passa para a mão uma garrafa de tinto e com um reluzente sorriso prateado nos diz "bebe e passa", sabemos que estamos no sítio certo para uma noite bem passada.
A fama de estroinice selvagem que precede os espectáculos dos Black Lips, mesmo não incluindo os exageros escatológicos iniciais, é, ainda assim, plenamente justificada.
Resta saber como é que estes tipos conseguem manter uma energia aparentemente inesgotável, noite após noite, tendo uma agenda tão sobrecarregada e com tantos alteradores de consciência em constante trânsito dentro e fora de palco.
Desde os primeiros acordes de "I Saw A Ghost" até ao atribulado final de "Juvenile", o pequeno Porto Rio, um barco habilmente convertido em bar com sala de concertos, foi sacudido por um intenso furacão, do qual " O Katrina", é apenas um dos nomes por que é conhecido. A bem da verdade os moços viraram o barco de pernas para o ar com a atitude de quem vive a todo o vapor mas, com a dose certa de coolness de quem sabe, há muito, já ter ganho o prémio para a banda mais passada, imprevisível e divertida do momento.
É possível que, atendendo ao culto provocado pelos caóticos vídeos de "Los Valientes Del Mundo Nuevo", a pequena multidão que assistiu ao concerto já viesse algo sugestionada de casa - a presença de um divertido mariachi que evoca um desses momentos é a prova disso -, mas a turbulenta excitação, que numa questão segundos transforma uma assistência aparentemente pacata numa massa de corpos descontrolados, parece ser obra do momento.
O combustível que atiça todo este êxtase, é - para além do álcool e dos charros, claro - a irresistível receita musical: garage rock desvairado, com cheirinho a 60s e com evidentes influências Stonianas, mesclado na perfeição com a crueza estimulante do punk.
Quando a atitude é genuína, o resultado é explosivo. Diversão é a palavra de ordem, e isso significa uma total interacção entre banda e público, com constantes invasões de palco a fomentarem o stage diving, o crowd surfing e a partilha de microfones.
Nos últimos minutos do concerto, o senhor mais "efusivo" da assistência elevou a níveis extremos o seu entusiasmo - o voo, cuja aterragem mal calculada, culminou em cima da bateria de Joe Bradley, teve como resultado o inesperado incidente que tem sido exageradamente ampliado, e não faz, de forma alguma, justiça aquilo que verdadeiramente aconteceu: um concerto memorável (de resto, o agradável cumbibio pós-concerto entre a banda e o público atesta isso mesmo).

Os portuenses Sizo passaram com distinção a prova de aquecer os motores do barco, e já merecem, sem sombra de dúvida, figurar como cabeças de cartaz.
O álbum "Nice To Miss You", já com alguma rodagem ao vivo, é, cada vez mais, um prazer para os ouvidos.
João Guedes (voz), André Cruz (guitarra), Rui Magalhães (bateria) e Eurico Amorim (teclados), ofereceram uma desenfreada descarga de energia, em partes iguais estimulante e competente.

"O Katrina"


"Buried Alive"


"Juvenil"


Sizo


Mais vídeos aqui.

(Z&C)

21.4.08

Last Shadow Puppets



Alex Turner dos Arctic Monkeys + a voz quase gémea de Miles Kane, ex-The Little Flames e membro dos Rascals + produção de James Ford, metade dos Simian Mobile Disco + a London Metropolitan Orchestra, brilhantemente conduzida por Owen Pallett = The Age Of The Understatement.
Um álbum grandioso que anda literalmente nas bocas e ouvidos do mundo e tem sido alvo de críticas muito positivas. Achei especial piada à pertinente tirada dos moços da NME: “(…) Mr. Turner has finally met his McCartney”.
No single, com o mesmo nome, podem ainda apreciar-se 2 magníficas reinterpretações: “In The Heat Of The Morning” de Bowie e “Wondrous Place” de Billy Fury.

"Standing Next To Me"
"The Camber"
"I Don't Like You Anymore"
"The Time Has Come Again"

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(C)

prontos para o deboche?


The Black Lips

* 21 de Abril @ Porto Rio
* 22 de Abril @ Lux

(Z&C)

17.4.08

The Kills, CDM - 12/04/08


Uma das partes deste blog já tinha visto os Kills, mas insiste na ideia de que nunca tinha realmente visto os Kills.
Uma coisa é certa, o duo Mosshart (eh, eh,) e Hince, embora já sem a química de outros tempos, continua apaixonado pelo rock noir minimalista a que sempre nos habituou. Já o sabíamos pelo “Midnight Boom", mas levar uma injecção, ao vivo e a cores, desse rock dissecante que vai directo ao nervo, é outra coisa! - e, afinal, aparato e substância nem sempre são conceitos antagónicos.
Bastaram os primeiros acordes de U.R.A Fever, para percebermos que, por trás do visual andrajoso-chic, está uma poderosa carga voltaica completamente arrebatadora.
Por entre guitarras afiadas como lâminas, mics repartidos e batidas rebeldes, a dupla favorita das publicações mais trendy, mostrou que não estão cá para lirismos filosóficos, para melodias bonitinhas ou para serem simpáticos - por vezes, parecem mesmo ignorar por completo que há mais alguém na sala além deles.
Os riffs sujos e corrosivos de James Hince - que parece estar, ele próprio, ligado à corrente -, são a banda sonora ideal para Alison transformar o palco na sua catwalk privada, movimentando-se em círculos cerrados como um felino enjaulado, apropriando-se dos trejeitos andróginos de Steven Tyler, ou colando-se ao microfone frente a Hince num sugestivo tête-a-tête, não se limitando a cantar as palavras, mas agindo sobre elas, a fazer-nos acreditar que lhe saem das entranhas.
Logicamente, "Midnight Boom" foi o centro das atenções, ocupando metade do alinhamento, com temas como "M.E.X.I.C.O.C.U.", "Tape Song", "Alphabet Pony", "Last Day Of Magic", "What New York Used To Be" e "Cheap And Cheerful" a serem atacados de forma surpreendentemente segura, atendendo à sua pouca rodagem. Como seria de esperar, os dois álbuns anteriores forneceram o resto dos temas indispensáveis para assegurar o ritmo electrizante do concerto (de "Keep On Your Mean Side" vieram "Pull a U", "Wait", "Kissy Kissy" e "Fried My Little Brains"; do "No Wow", o "No Wow" e "The Good Ones").
Após um leve abrandamento para o velvetiano "Goodnight Bad Morning", o encore foi preenchido com "Love Is A Deserter" e uma visita ao "Black Rooster EP" com James Hince a esganar a guitarra com uma garrafa de cerveja ao som de "Dropout Boogie" - só faltou "Cat Claw" para o best of ficar completo.
No fim de contas, foi um belíssimo elogio à desordem, ao não há finais felizes..., mas sobram outras paixões.

Na primeira parte, os Whip, com o seu electro-chapa-quatro em semi-playback, deixaram claro que assim nunca irão passar da segunda divisão. Eles bem se esforçam, e a moça, que faz karaoke de bateria por cima das batidas, até puxa à aeróbica, mas os dois ou três temas mais dançáveis e cantaroláveis, não chegam para manter a coisa interessante durante muito tempo.

Kills - "The Good Ones"


Kills - "Pull A U"


Kills - "Cheap And Cheerful"


The Whip - "Sister Siam"


(Z&C)

Lindo # 38

The Acorn - "Flood Pt. 1"

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16.4.08

Animal Collective - "Water Curses"




Já não deve ser novidade para ninguém que a 5 de Maio anda à roda o novo EP dos Animal Collective, via Domino Records.
Apesar dos cozinheiros serem os mesmos e os ingredientes também (mais um menos um), os moços apresentam uma receita algo diferente e ainda mais apetecível que a do anterior "Strawberry Jam".
"Water Curses" parece um regresso à fórmula do "Feels" de 2005, mais pop-friendly e acessível. No entanto, os instrumentais, as letras e as vozes, continuam fiéis a um intrigante jogo de esconde-esconde onde as surpresas não cessam de aparecer, mesmo nos cantos que juraríamos já ter espreitado.
E depois, já se sabe, ouvir AC é sempre um grande passeio para a mente e para a alma - desta vez, aconselho que levem o fato, os óculos de mergulho, barbatanas... a parafernália toda; as paisagens aquáticas estão à distância de um dedo no play. E não tenham receio, as "curses" são inofensivas.
Já agora, se puderem, não percam o mergulho colectivo, dia 27 de Maio no Cinema Batalha no Porto e dia 28 em Lisboa, no Lux.

"Water Curses"
"Street Flash"

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"Water Curses"


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15.4.08

Femme Fatale - Plano B, Porto 11-04-08



Há coisa de uns 2 anos atrás, Femme Fatale, era para mim uma espécie de vício que dava, recorrentemente, azo a episódios dignos uma certa falta de siso, que sempre me acometiam em jeito de ponto final a belos dias de praia - "Movin'On” ou “Wanna Dance” costumavam guiar coreografias (ridiculamente vistosas) em pés de areia.
Confesso que há já algum tempo que não pensava neles... mas soubemos-lhes dum tal de plano B e lá fomos. Eu voltei para casa com a alminha satisfeita e o meu sócio acabou por curar a indigestão que o perseguia há já dois dias.
Flo, fotógrafa de profissão, diz que canta sem saber cantar , tudo balelas... - por entre desculpas e culpas à ressaca da noite anterior em Lisboa, não conseguiu disfarçar a voz quente e sexy que não difere um decibel das gravações de estúdio.
A acompanhá-la estavam Saul nos comandos e programações, o baixista Ove e a bateria de Javi Castiñeiras que fez o trabalho bem feito - só faltou mesmo a guitarra em carne e osso para completar o ramalhete.
Os madrilenos destilaram simpatia e boas vibrações perante um público não muito numeroso mas bastante comunicativo e conhecedor do homónimo 2º álbum que comandou a noite.
Resta aguardar pelo próximo “Ballet”, a sair lá para o fim do ano e uma nova visita, muitíssimo bem-vinda.
De puta madre!

(Z&C)

12.4.08

Weekend Shuffle #15






















Modern Institute
- International Rustic
Inlets - Threads
Angil And The Hiddentracks - Narrow Minds
The Terrordactyls - Facelift
Evangelista - Lucky Lucky Luck
Get Cape. Wear Cape. Fly - D.A.N.C.E.
Erykah Badu - Me
The Sadies - What's Left Behind
Dawn Landes - Bodyguard
The Cave Singers - Dancing On Our Graves
Dirty Projectors - What I See
Colour Revolt - What Will Come Of Us?
Clear Tigers - Vacation
The Mumlers - Red River Hustle
The Cinematic Underground - The Evening News
Death Cab For Cutie - I Will Possess Your Heart


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(Z&C)

11.4.08

daqui a um bocadinho no Plano B

Femme Fatale - "Berlin"


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Jeremy Jay


O EP "Airwalker" já tinha dado o toque, "A Place Where We Can Go" confirma-o: Jeremy Jay parece ter sido catapultado por engano, directamente de 1973 para o presente, no exacto momento em que se preparava para entregar as suas masters à editora, juntamente com uma mala cheia de fotografias promocionais. Tão deliciosamente retro, que, não fosse a cover de "Lunar Camel" (Siouxsie and the Banshees) servir de teste Carbono 14, passaria facilmente por uma incrível e obscura descoberta arqueológica pré-25 de Abril.
Multi-instrumentista e compositor talentoso, Jeremy Jay é uma espécie de vintage Bowie meets Jens Lekman, que surpreende tanto pela riqueza melódica, como pela capacidade de despojamento que parece tornar tudo tão fácil e simples. Um mimo.

Do EP "Airwalker":
Airwalker
We Stay Here (In Our Secret World)
Lunar Camel
Do álbum "A Place Where We Can Go":
Heavenly Creatures
Beautiful Rebel
Escape to Aspen

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8.4.08

Ellen Allien - SOOL


Minimalismo mutante, pontualmente sacudido por impropérios digitais saídos de um laptop com síndrome de Tourette, "SOOL" ("shit out of luck"?), o novo disco de Ellen Alien produzido, mais uma vez, em parceria com o compatriota AGF, não é propriamente o seguimento lógico de "Thrills" ou um "Orquestra of Bubbles II". Mais negro e experimental que os anteriores trabalhos, necessita de alguma disponibilidade mental que lhe permita crescer para além das primeiras audições, renovando-se a cada nova escutadela.
Estará disponível a 27 de Maio, coincidindo com o lançamento de uma linha de vestuário nele inspirada.

Ellen Allien - Caress
Ellen Allien - Zauber

Ellen Allien - MM

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Black Kids - I'm Not Gonna Teach Your Boyfriend How To Dance With You / Damn I Wish I Was Your Lover (7")




Saiu ontem em single, "I'm Not Gonna Teach Your Boyfriend How To Dance With You", uma das quatro pepitas que compõem o irresistível "Wizard of Ahhhs", cartão de visita dos americanos Black Kids, uma das mais excitantes revelações do ano passado e um dos nomes mais apetecíveis para os festivais deste ano (andam neste momento em tournée com os Cut Copy, e dava um jeito do caraças se passassem por cá). O tema, com nova produção a cargo do ex-Suede Bernard Butler - que também está produzir o álbum de estreia da banda, com saída prevista para Julho -, traz no lado B uma peculiar cover de "Damn I Wish I Was Your Lover", canção sugestivamente sáfica, com a qual a one hit wonder Sophie B. Hawkins, patrocinou uma data de engates na década de 90.

Black Kids - I'm Not Gonna Teach Your Boyfriend How To Dance With You (Wizard of Ahhhs demo)
Black Kids - I'm Not Gonna Teach Your Boyfriend How To Dance With You ((Later...With Jools Holland, live)
Sophie B. Hawkins - Damn I Wish I Was Your Lover

E por falar em covers...
Kate Nash - I'm Not Gonna Teach Your Boyfriend How To Dance With You

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The Accidental - There Were Wolves


Quem gostar da folktronica dos Tunng (do lado mais folk e menos tronica, pelo menos) vai adorar isto. A semelhança sonora deve-se essencialmente ao facto de Sam Genders, o desvairado compositor dos Tunng, ser um também um dos elementos desta espécie de supergrupo à escala microscópica. Os outros são Stephen Cracknell dos Memory Band (cuja casa serviu de estúdio), Hannah Caughlin (The Bicycle Thieves) e Liam Bailey. Juntos formam os Accidental, que, tal como o nome sugere, foram obra do acaso. O projecto surgiu a partir de uma série de encontros fortuitos entre Genders e Cracknell, que, posteriormente, foram cimentando as suas afinidades musicais através da troca de CDRs. Hannah e Liam, por sua vez, acabaram também por entrar no barco de forma puramente casual.
O que não é obra do acaso - atendendo às partes envolvidas -, é o resultado destes acidentes.
"These Were Wolves" é um disco fascinante, onde harmonias vocais próximas dos Tunng se rodeiam de guitarras acústicas assentes em sóbrias secções de cordas, dando corpo a inspiradas canções cuja temática deliciosamente bizarra cria um estranho e envolvente ambiente bucólico.
Destaques para Knock Knock, Time And Space e para o belíssimo single Wolves, cuja edição limitada de 500 exemplares (isto é, 499, porque uma já cá canta) em vinil branco, ainda pode ser encomendada aqui.

Knock Knock
Wolves

Jaw Of A Whale

Time And Space


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7.4.08

Man Man - "Rabbit Habits"


"Rabbit Habits" é a mais recente loucura dos Man Man - e a 1ª a ser servida pela Anti Records, casa de Waits, Cave, entre outros.
Após umas quantas escutadelas,posso predizer que mesmo daqui a uns bons anos, este disco ainda me vai pôr a mexer os ossinhos todos.
Caíu que nem ginjas esta pop que paira algures entre o circense e o carnavalesco. Honus Honus, como de costume, vai trocando a máscara consoante a fanfarra: Tom Waits, Captain Beefheart e Zappa são incarnados de forma insistente mas exemplar.
Excêntricos e bizarros q.b., estes 5 de Filadélfia dão novo sentido ao termo folguedo. Usam e abusam de uma explosão de sonoridades feita a partir de intrumentos tão díspares e diversos como inusitados.
Um autêntico parque de diversões para tímpanos galhofeiros.

"The Ballad Of Butter Beans"
"Doo Right"
"Harpoon Fever"
"Rabbit Habits"
"Top Drawer"
"Walebones"

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3.4.08

Dressing up the nude


Se por acaso forem uma das três pessoas que ainda não ouviram falar no assunto, aqui fica a notícia: os Radiohead decidiram cortar às postas um dos temas do seu ultimo álbum e "concessioná-lo" através do iTunes para que, muito democraticamente, todos possamos ter um "have a go" no concurso de remisturas que estão a promover no seu site.
O tema em questão é "Nude", e o concurso, que teve início dia um deste mês (não, não é peta) prolonga-se até um de Maio, destinando-se a todos aqueles que estejam dispostos a pagar por cada uma das partes da música (voz, guitarra, bateria, baixo e efeitos), que posteriormente poderão ser reunidas e manipuladas no Garage Band (um bombom para todos os Appleheads, portanto). O único problema é que o iTunes português é um atraso de vida e não tem isto à venda. Sendo assim, há que arranjar alternativas (ver comentários). Vamos a isto?

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Lindo # 37

Angil - "Beginning Of The Fall"


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2.4.08

Annuals / Sunfold - "Wet Zoo"




















Veio ontem à tona mais um Ep dos Annuals - o novo álbum, há já muito prometido, parece que só chega lá para o Outono... damn!
Desta vez a coisa é repartida com o projecto paralelo dos Annuals, os Sunfold (anteriormente conhecido por Sedona).
"Wet Zoo" contém 5 temas, 3 dos Annuals e 2 dos Sunfold e, basicamente, o que muda é o vocalista/letrista, já que as sonoridades são bastante parecidas, embora mais despidas por parte dos Sunfold.
Pessoalmente, continuo fiel à identidade mãe e à voz e palavras de Adam Baker.
Mas, a magia continua a sair-lhes pelos dedos... e essa é qu'é essa!

"Around Your Neck" (Annuals)
"Sore" (Annuals)
"Watering Pail" (Sunfold)

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1.4.08

Portishead em dose dupla


"Third", o terceiro álbum dos Portishead a ser lançado em 28 de Abril, terá (para além das edições normais) direito a uma edição limitada de 10 000 exemplares, encaixotada no meio de uma data de brindes.
O pacote (ver foto) inclui:
- o álbum em vinil duplo
- um etched vinyl de 12" de "Machine Gun" (tema escolhido para primeiro single)
- uma serigrafia de Nick Uff
- uma pen de USB em forma de "P", contendo o álbum em mp3 + quatro filmes, para além de acesso a alguns extras que serão revelados ao longo do ano.
A coisa pode ser encomendada no site da banda, e custa a módica quantia de £40 (cerca de 50€).

Em finais de Junho, poderemos ainda contar com "Hunter", o segundo single a ser retirado do álbum. Este terá uma edição de sete polegadas em vinil duplo com direito a uma remistura a cargo de Burial, um tema novo - "Not Today" - e, surpresa das surpresas, uma versão ao vivo de "Wandering Stars" gravada no 1º espectáculo da tournée, no Coliseu do Porto!!
Resta esperar, que seja a preços mais acessíveis...

(Z&C)