Curto, muito curto o concerto que José Gonzalez deu na passada quarta feira no Teatro Sá da Bandeira. Pelo menos assim pareceu, como se o sueco possuísse capacidades de prestidigitador, criando a ilusão de acelerar o tempo.
Entra sozinho em palco, senta-se, afina a guitarra, começa a desenhar os primeiros sons de "Deadweight on Velveteen" e, em poucos segundos, a plateia - envolta num suave cheiro a incenso - parece entrar num transe hipnótico do qual só despertará passados cerca de 80 minutos quando, num estalar de dedos, lhe soarem os últimos acordes de "Smalltown Boy".
Homem de poucas palavras, Gonzalez deixou que toda a atenção se centrasse nas músicas, adornadas pela sua voz aveludada e dedilhar percussivo. Pelo palco passaram "Hints", "Fold" e "All You Deliever" até à entrada em palco de mais dois elementos, Erik Boden na percussão e - surpresa da noite - a adorável Yukimi Nagano (Little Dragon) como segunda voz ou criando pormenores sonoros variados, dando aos temas um sabor extra doce, para júbilo de uma plateia cada vez mais encantada.
O design de luzes, até então apropriadamente minimalista, passou a destacar-se pelo extremo bom gosto das projecções que iluminaram o palco, dando aos temas um ambiente muito cool e sedutor.
Sem grandes pausas ou momentos menos inspirados, sucederam-se alguns dos pontos altos da noite: "Stay In The Shade", "In Our Nature", "Lovestain", a quase-bossa "Remain", "Down the Line", o esperado "Heartbeats", o fabuloso "Crosses", uma inspiradíssima intrepretação de "Cycling Trivialities" e "Teardrop" - mais uma versão que não fica a dever nada ao original - a finalizar.
No encore brilharam "Abram", "Time To Send Someone Away", "Killing For Love" (com as suas intrincadas malhas de guitarra a piscarem o olho ao Afrobeat), "Down the Hillside" e a já referida apropriação de "Smalltown Boy", numa inesperada homenagem aos Bronsky Beat. Perfeito.
Momentos depois, à porta do Pitch, não se fez rogado a fotos e autógrafos.
Sem grandes pausas ou momentos menos inspirados, sucederam-se alguns dos pontos altos da noite: "Stay In The Shade", "In Our Nature", "Lovestain", a quase-bossa "Remain", "Down the Line", o esperado "Heartbeats", o fabuloso "Crosses", uma inspiradíssima intrepretação de "Cycling Trivialities" e "Teardrop" - mais uma versão que não fica a dever nada ao original - a finalizar.
No encore brilharam "Abram", "Time To Send Someone Away", "Killing For Love" (com as suas intrincadas malhas de guitarra a piscarem o olho ao Afrobeat), "Down the Hillside" e a já referida apropriação de "Smalltown Boy", numa inesperada homenagem aos Bronsky Beat. Perfeito.
Momentos depois, à porta do Pitch, não se fez rogado a fotos e autógrafos.
(Z&C)
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