30.4.09

Tiny Mix Tapes Vol. 1: Darfur























"Já passaram mais de seis anos desde que a guerra no Darfur oficialmente começou. A ONU garante que mais de 300,000 pessoas já perderam a vida e cerca de 2,7 milhões foram desalojadas da suas casas. Mas enquanto os números continuam a aumentar, a atenção dada ao conflito está a diminuir, sem que haja qualquer melhoramento da situação.(...)"

Para além de ser uma importante fonte de informação musical o blog/site Tiny Mix Tapes passou também a funcionar como mealheiro para causas humanitárias com a ajuda dos onze artistas que decidiram colaborar na elaboração de uma compilação destinada a apoiar as vítimas do Darfur. O disco contém 11 temas inéditos gravados propositadamente para a ocasião e/ou faixas nunca editadas anteriormente. Tem edição limitadíssima, uma capa bem esgalhada e está disponível em CD e vinil, com os fundos a reverterem 100% para o International Rescue Committee.
Assim sendo, hoje não há borlas, toca a comprar.

Tiny Mix Tapes Vol. 1: Darfur tracklist:


01. Jim O’Rourke - "Seven Stars"
02. Balroynigress - "Dress the Ship in Black"
03. WHY? - "Eskimo Snow (sock hop version)"
04. Frog Eyes - "Bushels (acoustic version)"
05. Burning Star Core - "Incurable Beauty of the Master’s Demise"
06. Xiu Xiu - "Farther On (Traditional)"
07. Mount Eerie - "Calf In Pasture"
08. Wooden Wand - "No Stranger"
09. The Flying Luttenbachers with Henry Kaiser - "Trapped in Ice"
10. nmperign - "Remote Sensing"
11. Dan Deacon - "I Have So Much to Donald"

The Phenomenal Handclap Band


Abram alas para a The Phenomenal Handclap Band!
Se há casos em que o hype inicial é mais que justificado, este é um deles.
Composto por uma trupe de músicos nova iorquinos (Brooklyn, claro está) liderados por Daniel Collás, o projecto - que conta ainda com a colaboração de um sem número de nomes conhecidos oriundos de diversos estilos musicais (Bart Davenport, Jon Spencer, Lady Tigra) - consiste num potente aglomerado sonoro de tal forma irresistível, que só pode ser ilegal. Algo como uma lava lamp musical a misturar elementos orquestrais, disco, funk e rock numa inebriante mistela psicadélica representativa das últimas décadas de produção musical.
Rezam as crónicas que ao vivo a coisa tem um impacto incrível, e seria óptimo poder confirmá-lo num dos próximos festivais de verão.
Para aplaudir de pé.



- You'll Disappear
- Testimony

- 15 to 20

zipzip@caixa

29.4.09

Frida Hyvönen - Braga, Theatro Circo, 25-04-09


O concerto que Frida Hyvönen deu no sábado passado em Braga foi em todos os aspectos, perfeito. Daqueles que ficam durante dias a ecoar na caixa craniana, obrigando a audições sucessivas dos álbuns, para prolongar o estado de graça.
Perante uma plateia reduzida mas entusiasta, a sueca instalou-se ao piano acompanhada por duas conterrâneas (Linnea Olsson e Tammy Karlsson) que tomaram conta do baixo e bateria, vestidas a rigor numa farpela extravagantemente eighties, algures entre o kitsch e o barroco, a condizer impecavelmente com a ornamentação da sala.
Enquadrada por um jogo de luzes irrepreensível e usufruindo de um som cristalino, Frida atirou-se a “Enemy Within” com a intensidade de quem parece estar a dar o concerto da sua vida, mantendo durante cerca de 90 minutos o factor “pele de galinha” ligado no máximo, até soarem os últimos acordes de “Oh Shanghai” - tema que encerrou o concerto.
Pelo meio, o recente “Silence Is Wild”, tocado quase integralmente, foi o centro das atenções, com “Birds”, “London!”, “Pony” e – principalmente - “Dirty Dancing” a merecerem o devido destaque.
Obviamente que o excelente “Until Death Comes” , não podia ficar esquecido, fornecendo alguns “Frida Hyvönen classics” como “The Modern” (com a batida em sapateado), “You Never Got Me Right” (quanto a mim, o momento da noite) e ”Djuna!.
Com um cravo vermelho a destacar-se no preto do piano e uns óculos quase cool de tão nerd, Frida provou que boa disposição e sentido de humor são meio caminho andado para conquistar o público. No entanto, foi o outro meio que surpreendeu: o vozeirão, a destreza ao piano, os arranjos brilhantes, conseguem a difícil tarefa de superar o que se ouve em disco, dando por vezes a impressão de estarmos perante um Rufus de saia (algo que deve ser habitual na casa Wainwright).
Só pecou pela ausência de “I Drive My Friend “ e “Once I Was A Serene Teenaged Child” do alinhamento. Na sessão de autógrafos pós-concerto, ainda “resmunguei” quanto a esta última, que ela se dispôs a tocar imediatamente caso lhe arranjasse um piano. Para a próxima levo um Casio dos chineses.


download videos

Fujiya & Miyagi - Casa das Artes de Famalicão, 24-04-09


download video

The Breeders - "Fate To Fatal"


















Apesar de terem levado um ou outro par de estalos dalguns críticos pelo anterior "Mountain Battles", as irmãs Deal insistem em mais do mesmo.
A verdade é que algo se perdeu no caminho - o deal já não é tão prolífico, o produto é de inferior qualidade ao que estávamos habituados - contudo, dá-se-lhe uma volta ou duas, nem que seja pela cover do B. Marley " Chances Are", pela voz de Mark Lannegan em "The Last Time" ou, em nome dos bons velhos tempos...


myspace

zipzip @ caixa

26.4.09

Anna Ternheim - "Leaving On A Mayday"























Terrível. Este pode até causar mortos e feridos.
É bem que o ouvido, de tão apurado, mantenha a ordem e não deixe a cabeça ou o coração entrar num coma demasiado profundo.



site
myspace

zipzip d'algumas na caixa

24.4.09

Weekend Shuffle #35 & #36


















CALLmeKAT - Not Awake
Emmy The Great - 24
Mixel Pixel - Sinking Feeling
Pelle Carlberg - 1983 (Pelle & Sebastian)
Sleeps In Oysters - Moths' Wings for Lisa
Tapes - All The Doors Closed
Arms - Whirring
The Bird & The Bee - My Love
Loney, Dear - Airport Surroundings
Holly Throsby - Warm Jets
Beirut - The Akara
Monsieur Minimal - Lollipop (Album Version)
Oh Land - Still Here
Banjo or Freakout - Mr No
Bruce Peninsula - Weave Myself A Dress
Larsen & Friends - Part 1




















Megapuss - A Gun On His Hip And A Rose On His Chest
Freshro - I Turn My Camera On
Experimental Dental School - Jane Doe Loves Me
Oxford Collapse - Electric Arc
Light FM - Try 2 Make You Happy
Blakes - Modern Man
Shrag - Forty Five 45s
Hot Lava - Apple Option Fire
The Whitest Boy Alive - Keep A Secret
Red Snapper - Brickred
Lemonade - Big Weekend
Jimi Tenor & Kabu Kabu - Mystery Spot
The Carps - Let's Fall In Love
Marbert Rocel - The Pack (Part Time Heroes Flat Pack Mix)
FM Belfast - Tropical
Baikonour - Shikharettes & Khukuris


zipzip@caixa

23.4.09

Wave Machines - Wave If Youre Really There

















"Art rock disco feito com uma caixa de ritmos e um teclado comprado num Cash Converter. Doze meses num armazém de uma doca criando e colando sons."
Dito assim, parece interessante. E é.
Só falta acrescentar que também é preciso surripiar as guitarras afro aos Vampire Weekend, os falsetos gay friendly aos MGMT e possuir um faro melódico infalível. Depois é só consultar um Kraftwerk for Dummies, arranjar umas linhas de teclado trauteáveis e voilá, toca a gravar.
Dito assim parece fácil. Mas não é.
Vai ser muito complicado descolar esta coisa dos ouvidos.

You Say The Stupidest Things
Keep The Lights On
The Line

zipzip@caixa

20.4.09

Yonlu - “A Society In Which No Tear Is Shed Is Inconceivably Mediocre”






















É um caso sério.
Um caso muito especial de genialidade e de talento que culmina num daqueles desfechos que sabem a nó no estômago e sobre os quais me abstenho, por todas as razões e mais algumas, de esventrar – cenas mórbidas não são o meu cup of tea.
Do que aqui quero falar é da música de Yonlu – aka Vinicius Marques, natural de Porto Alegre, Brasil.
Cedo lhe foram apontados inúmeros talentos e uma sensibilidade especial, nomeadamente no que toca à música que foi criando ao estilo DIY e cujo resultado se pode apreciar na edição do agridoce “A Society In Which No Tear Is Shed Is Inconceivably Mediocre”, álbum que certamente dará muito que falar (espero que pelas razões certas).
A uma boa voz e grandes capacidades instrumentais, juntam-se laivos de Caetano, Elliott Smith, um toque de Cave talvez…
Façam o favor de ouvir. O site é, também, de visita obrigatória para aficionados de gatafunhos e design.

Para mais informações ou uma versão mais esmiuçada da história de Vinicius - é ir por
aqui.

myspace


zipzip @caixa

18.4.09

Peter Walker - Plano B, Porto 17-04-09


download video

Record Store Where?
















Esta treta do Record Store Day está-me a dar cabo dos nervos.
Da salivante catrefada de edições limitadas criadas únicamente para o dia de hoje, apenas um punhado delas se encontra disponível online. Não era suposto comprarmos discos? Ou a cenoura é só para abanar à frente do burro?


Pop Levi's Dusty Fingers from Yours Truly on Vimeo.

17.4.09

isto sim eram vídeos...

Dent May & His Magnificent Ukulele



















Não será preciso escavar muito para perceber porque é que a Paw Tracks, editora dos Animal Collective, decidiu acolher o estreante Dent May debaixo da sua asa protectora. "The Good Feeling Music of..." é - fazendo jus ao nome - um disco ridiculamente encantador, um carrocel doo-wop em rodopio desvairado, impulsionado pelo som do ukulele e por orquestrações tão apelativamente retro, que deixariam Jens Lekman roído de inveja.
Suave e aveludado, acompanha lindamente com um Richard Hawley reserva 2007.

- Meet Me In The Garden
- College Town Boy
- At The Academic Conference
- Love Song 2009

zipzip@caixa

14.4.09

Os fabulosos irmãos Broderick














É previsível e inevitável. Aos poucos, o americano Peter Broderick caminha para o massivo reconhecimento que merece.
Se as incontáveis colaborações como músico de estúdio (She & Him, Horse Feathers, M. Ward, White Hinterland, Efterklang, etc) são apenas uma invejável nota de rodapé num currículo em vertiginosa expansão, as sucessivas tournées que tem vindo a realizar evidenciam o gigantesco talento deste nativo de Portland - sustentado por uma ecléctica produção discográfica que não pára de surpreender.
"Home" - de 2008 - atingiu o ponto de caramelo, mas pelo andar da carruagem muitos outros se seguirão.
(Talvez seja boa ideia não perder o concerto dia 20 de Maio, no MusicBox...)

Mas há mais talento nesta fornada de Brodericks. Heather Woods - a irmã - não se querendo ficar apenas pelo seu desempenho nos Horse Feathers (onde o irmão também marca pontos) e nos Portland Cello Project, encontra-se a gravar o seu primeiro álbum a solo, o qual, pela amostra aqui em baixo, irá engrandecer consideravelmente o nome do clã.

Peter Broderick:
- On Paper Wings 1 (European Tour, cd-r em edição limitada, 2007 )
- Changes (Music For On Paper Wings, 2007)
- With The Notes In My Ears (Home, 2008)
- Side A (Ten Duets, cassete em edição limitada, 2009)
MySpace

Heatherwoods (demos):
- Cottonwood Bay
- Calling You Out (Turned)
- From The Ground
MySpace

Horse Feathers:
- Curs Of Weeds (House With No Home, 2008)
- Burden (House With No Home, 2008)
- Hardwood Pews (Words Are Dead, 2006)
MySpace

zipzip@caixa

Heather Woods Broderick and The Portland Cello Project "Something Other Than"




Peter Broderick Live in Portland

7.4.09

Storsveit Nix Noltes - Royal Family Divorce



















O que é que pode acontecer se pegarmos na secção de metais dos Sigur Ros e lhe juntarmos alguns elementos dos Mum?
Pista um: não é um supergrupo chamado Sigur Mum.
Pista dois: também não é mais um conjunto de músicas de cariz melancólico e cinemático, plenas daquela profundidade emotiva capaz de atrair baleias à costa.
A resposta é: nada do que estão a pensar.
Aquilo que este octeto islandês pratica é uma inesperada mistura entre música dos balcãs e uma grande dose de esgalhanço pos-rock em jeito de jam session multicultural, capaz de pôr o Zach Condon a pensar "como é que eu não me lembrei disto antes?".

Wedding Rachenitsa
Elenska Rachenitsa

Kopanitsa


zipzip@caixa

















Por favor leiam, divulguem e assinem a petição.

"Olá a todos,
É neste dia chuvoso e triste que vos decidimos escrever, temos algumas coisas para partilhar convosco.
Como muitos de vocês sabem, a Amplificasom apenas surgiu pela enorme vontade que tanto eu como o Jorge tínhamos (e temos) em ver as nossas bandas preferidas aqui na nossa cidade, no nosso país. Quem repara na relação preço dos bilhetes/ qualidade das bandas e no facto da Amplificasom não ter qualquer tipo de apoio, fundos ou patrocínios sabe que apenas dependemos da bilheteira e que ao fim da noite, com todas as despesas e responsabilidades, seria impossível ganhar o que quer que fosse. Mesmo que ganhassemos, duvido que pagasse todo o nosso empenho e dedicação, MAS infelizmente nem todos estamos no mesmo caminho, nem todos estamos nisto pela MÚSICA.

É com revolta e frustração que vos informamos que uma tal organização prevista na lei e que se auto denomina como protectora dos direitos de autor exigiu licenças para os próximos concertos da Amplificasom. Não somos incumpridores, não queremos o mundo à nossa maneira, mas a partir do momento em que uma licença para um concerto custa mais do que o cachet da banda então é porque algo está errado e devia ser revisto. Essa tal organização privada tem uma maneira de trabalhar bastante duvidosa e apesar de ser contestada por muitos não há maneira de os fazer parar. Quem está no meio sabe que bandas como os A Storm of Light (que sábado deram um concertaço enorme), por exemplo, nunca receberão um tostão relacionado com os direitos de autor, todo esse dinheiro vai para os "chicos fininhos" deste país e sabe-se lá mais para quê. Enfim, não me vou adiantar muito mais até para não vos maçar. Quero-vos apenas relembrar que nós na Amplificasom AMAMOS E RESPIRAMOS música, estamos nisto pelo som e as bandas são sempre a nossa prioridade, simplesmente não fazemos milagres (se calhar até já fizemos alguns) e sendo assim temos algumas alterações para vos anunciar:

- Os bilhetes para This Will Destroy You terão um preço mínimo de 10€ e não 8€ como estava estipulado (lá está, temos que tirar uma licença mais cara do que o cachet e ao mesmo tempo não aumentar muito o preço pois vocês não têm culpa). Quem já reservou, sintam-se livres para cancelar, quem ainda não reservou e tenciona ir então reservem-no o mais breve possível.

- Nós e a Lovers decidimos cancelar o concerto de Jarboe + Black Sun. É impossível garantirmos todas as condições que alguém como a ex-Swans merece e depois ainda pagarmos a treta do costume. Esqueçam, neste campeonato não dá.

- Desde a passada quinta-feira que temos confirmado um daqueles concertos pequenos mas gostosos para o dia 5 de Maio. Com a desmotivação que estamos, hoje não teríamos acordado trazê-los cá nem marcado cinco datas ibéricas, mas agora já lhes demos a nossa palavra e contamos convosco para que corra bem. É uma banda de pós-metal da Relapse, daremos mais novidades no blog dentro de dias.

- É provável que o concerto dos suecos Kongh (16 de Maio) seja o último durante algum tempo. Estamos cheios de ideias para o futuro, projectos com malta com a qual nos identificamos e até temos concertos já confirmados para Outubro, mas hoje sentimo-nos amargos e traídos depois de tudo o que temos dado e feito pela música ao vivo nesta cidade. Bem, logo se vê...

Até breve.

Abraço,
André e Jorge (Amplificasom)

Ps- Vale o que vale mas assinem: http://www.petitiononline.com/abzhp/petition.html

(via miss oaktree )

Meursalt - Pissing On Bonfires/Kissing With Tongues


Quando sacamos do carimbo folktronica, normalmente aplicamo-lo a sonoridades próximas dos Tunng, Psapp, James Yuill ou Benoît Pioulard, música onde a folk é o elemento predominante e a electrónica o pano de fundo (oscilando entre o ambiental e o quase dançável).
Mas com os escoceses Meursault, ficamos a olhar para o carimbo e a pensar "mas que c******o faço eu com isto?"
A verdade é que o trio de Edimburgo, embora faça canções com cabeça tronco e membros (com alguma desproporção anatómica), o seu corpo é essencialmente formado por batidas secas e musculadas, ruídos disparados por um fax com síndrome de Tourette e vocalizações de aspereza lo-fi. Tudo debitado com a urgência e a energia de quem parece tentar um cruzamento entre Atari Teenage Riot e Squarepusher.
A contrastar com tudo isto, temos a doçura acústica das guitarras e do banjo a dar alguma graciosidade a um bulldozer conduzido de olhos vendados pelo Lewis Hamilton e a criar alguns recantos agridoces onde podemos relaxar e recuperar o fôlego.
Impressionante.

The Furnace
Salt Part 1

Pissing On Bonfires/Kissing With Tongues


zipzip@caixa



5.4.09

Bill Callahan - "Sometimes I Wish We Were An Eagle"






















É caso para dizer, onde havia Smog há fogo!
Primeiro acordou dentro do coração de uma baleia, agora é vê-lo a querer voar - direitinho ao coração das pessoas, pronto a preencher eventuais espaços vazios, armado em bom...
Genial. Até arde sem se ver.

5. Too Many Birds
7. All Thoughts Are Prey To Some Beast

9. Faith_Void


zipzip@caixa

myspace

1.4.09

diz que they're back!























A notícia vem na MOJO de Maio:

"It takes a lot to make a Smiths fan smile...but even they will be cheered by news the band will reform.
Singer Morrissey, 50, and guitarist Johnny Marr, 46, are said to have healed their bitter rift and are now regularly in touch with each other and preparing to hit the road as a duo by August 2010."

Primeiras imagens AQUI.