12.12.13

White noise



Rutherford Chang, que há uns tempos atrás foi notícia do New York Times por apenas coleccionar primeiras impressões do White Album (cujo No A0000001 teve em leilão  $10,000 como base de licitação ), já afiambrou mais de 600 cópias das cobiçadas rodelas. Para além de uma exposição em NY, Chang resolveu subir a parada e lançar uma edição limitada de 800 cópias de uma gravação composta por 100 vinis do White Album a tocar em simultâneo, com todos os riscos e ruídos inerentes e com a inevitável dessincronização a levar à insuportável cacofonia. Caso queiram fazer feliz um esquizofrénico neste natal, podem comprar o disco aqui.

O White Abum é o melhor álbum de todos os tempos? É.
Havia necessidade? Nem por isso. É como pôr um bigode na Mona Lisa. Mas hey...quem sou eu para questionar o amor.







11.12.13

Eleanor Friedberger - My Own World

O novo vídeo de Eleanor Friedberger (realizado pelo já habitual Scott Jacobson) para mais um tema retirado do extraordinário "Personal Record", tem tanto de hilariante como de viciante. Isto de ter uma espécie de Wes Anderson privativo não é para todos...

What the.... isto existe mesmo?

Olivia, Abba & (brrrr....) Andy

9.12.13

matt elliott - 'reap what you sow'

Destroyer @ PAC/Blackbox | Guimarães 07.12.2013


O frio que se fez sentir na noite de sábado passado na cidade berço, não impediu que uma pequena multidão de acólitos dos Destroyer praticamente esgotasse a Blackbox da Plataforma das Artes E Criatividade de Guimarães, naquela que foi a segunda visita de Dan Bejar à cidade no espaço de um ano. Desta vez sozinho e de guitarra a tiracolo em vez do habitual cigarro/whiskey/cerveja, o americano não se fez rogado e retribuiu a afluência atacando o cancioneiro dos Destroyer em jeito de best of pouco convencional, com alguma incidência para Kaputt e para o recente Five Spanish Songs, dando início aos temas com curtos e bem humorados comentários e terminando-os com uma vénia teatral, antes de bebericar o misterioso conteúdo de uma garrafa de água que mantinha ao alcance de um gesto. Não estando presente a fabulosa banda que eleva as ideias de Bejar para uma dimensão estratosférica, coube-nos a nós na plateia, conhecedores da matéria dada, acrescentar na nossa cabeça os arranjos em falta às belíssimas canções que vinham do palco, criando uma calorosa empatia que apetecia prolongar noite dentro. A cereja no topo do bolo acabou no entanto por ser o surpreendente inédito que podem ouvir aqui em baixo.

Archie Bronson Outfit + Unknown Mortal Orchestra @ Clubbing | CDM | Porto 30.11.2013



7.12.13

Mutual Benefit - Love's Crushing Diamond


Love´s Crushing Diamond é um belíssimo disco sobre amores em ruptura, no limbo entre as memórias de um passado que custa deixar para trás e a esperança de evitar um fim que se adivinha.
E é também - após algumas edições mais espartanas - o álbum de estreia de Mutual Benefit, nome sob o qual  Jordan Lee irá começar a conquistar o mundo, não tardará muito. Musicalmente próximo do que poderiam ser as demos de futuras grandes canções dos Fleet Foxes (caso não tivessem entregado a alma ao criador) LCD é trespassado nos seus sete temas por uma sensação de serenidade melancólica a que apetece voltar vezes sem conta, trazendo à memória o efeito provocado há uns anos atrás pelo primeiro disco a solo de um certo Justin Vernon....




Farmácia de serviço

R.I.P. it up and start again...

Deslumbramento e frustração.
Nada como o prazer da descoberta recheada de más notícias para estragar o dia a um gajo.
Read all about it....

Icewater -  Collector's Edition



Farmácia de serviço

6.12.13

instant crush on Instant Crush

Kelly watch the stars....

Beatles, Beatles, Beatles...That's all they think about!
Mais um interessante documentário sobre as quatro cabeleiras do apopcalipse, desta feita a girar à volta da "teclista" Freda Kelly. E quem c*****o é a Freda Kelly, perguntam vocês? Ora ainda bem que me fazem essa pergunta, pois tenho a resposta aqui mesmo na ponta da linguipédia.
Freda era uma teenager de Liverpool (e digo era, porque a senhora já tem idade para fazer anúncios para incontinentes)  a quem saiu a sorte grande quando decidiu pedir emprego como secretária a uma ainda desconhecida banda de conterrâneos, que viria a tornar-se mais famosa que JC e Maom...(ups, não quero que me expludam o blog). Acompanhou por dentro o fenómeno da Beatlemania em todos os seus sumarentos detalhes e manteve sempre o bico calado. Até agora. 50 anos depois, antes que a memória se esfume e vá fazer companhia aos dois Beatles que agora cantam no heavenly choir.

Farmácia de serviço

21.11.13

18.11.13

It's all right, Angel´s coming back.

Wes Swing

Hoje, às 22h, no Maus Hábitos:

"O norte-americano Wes Swing começou a tocar violino com 4 anos, teve um encontro com o violoncelo na universidade e soube valer-se da sua formação clássica sem nunca cindir.se a ela, encontrando um compromisso com a música pop. Como aconteceu com nomes como Andrew Bird, Owen Pallett, Patrick Wolf, Wes Swing aproveita-se dos loops e da sua voz para criar canções de imensa beleza e pertinência. Entre a folk e a música pop, sem esquecer as suas fundações clássicas, Wes Swing é um dos segredos mais bem escondidos da música norte-americana. Mas não durante muito mais tempo. O seu último trabalho, Through A Fogged Glass, comprova o seu imenso talento. Na companhia de Devon Sproule, Wes Swing apresenta-se no Maus Hábitos em estreia nacional e em data única. Uma noite a não perder."



Farmácia de serviço

14.11.13

Mutatis Mutanti(e)s


Boogarins, duo brasileiro neo-tropicalista formado pelos teenagers Fernando Almeida e Benke Ferraz, usa Os Mutantes como ponto de referência a partir do qual expande a sua paleta psicadélica para terrenos ainda não explorados pela maioria dos grupos psych-rock actuais cujas influências podem ser traçadas em linha recta até à icónica banda de Rita Lee e Sérgio Dias.
A história repete-se mas nem por isso.  É proibido perder.



Farmácia de serviço 1|2

13.11.13

Chantal Acda - Let Your Hands Be My Guide


Olha-se para a lista de ingredientes, vê-se que contem doses generosas de Peter Broderick, Nils Frahm e Gioa Valtysdóttir e não há como resistir. Meia dúzia de segundos nos ouvidos e não há como sacudir as emoções à flor da pele. Para primeiro disco não esté mal.



Farmácia de serviço

Julianna. More.

Há um relaxante novo vídeo de Julianna Barwick para mais um tema retirado do belíssimo "Nephente", o que vem mesmo a calhar para recordar a sua recente passagem por Guimarães.


12.11.13

Vai uma orgia?

Em tempos de crise na industria discográfica, Anthony Gonzales (M83) deve ter pensado que o melhor é dedicar-se às encomendas cinematográficas de forma a garantir o cheque no correio.
Após (ainda este ano) ter contribuído para a banda sonora  de "Oblivian", atira-se agora de corpo e alma ao design sonoro de "You And The Night", primeira longa metragem do irmão, Yann Gonzales.
A sinopse - segundo o IMDB - é um mimo:
"You And The Night retrata um jovem casal e o seu empregado travesti, no decorrer da preparação para uma orgia. Os convidados serão The Slut, The Star, The Stud e The Teen".
Onde é que se arranjam convites?



Farmácia de serviço

Dream team....

Robin Pecknold, Daniel Rossen  e Neil Morgan pegam em "Corduroy" dos Pearl Jam e mostram como se faz. Uma desbunda.

10.11.13

Destroyer – Five Spanish Songs


Até podiam ser cinco canções em servo-croata, que o efeito era o mesmo - mais sotaque, menos sotaque - tudo o que Dan Bejar toca vira ouro sonoro e o resto é treta.



E por falar em Destroyer e Espanha...



Farmácia de serviço

8.11.13

Dia 30...

"And the water will come down and wash you down..."

Juan Wauters, líder dos garage rockers Beets, banda proveniente de Queens - o bairro menos cool de Nova Iorque (pensem em Archie Bunker) -, prepara-se para lançar (4 Fev.) o seu primeiro álbum a solo, pomposamente intitulado "N.A.P. North American Poetry", composto por doze canções em toada folk compiladas ao longo dos últimos três anos. Como cartão de apresentação temos esta desafetada "Water", cuja simplicidade lírica e melódica, deixa ainda assim algumas frases graffitadas na memória.



Farmácia em breve...

7.11.13

La valise de David

Mais achas para a lareira?

Por falar em bandas sonoras essenciais para serenar dias invernosos....


Cada vez mais longe de Cat Power e mais próxima de Chelsea Wolf, no novo "Blood/Lines", Emily Jane White conta com a preciosa colaboração de Marissa Nadler para ajudar a carregar na rugosidade folk de travo negro e melancólico. 

Depois de uma estreia avassaladora, a única coisa que se pedia a Agnes Obel, era que mantivesse o estado de graça deixado por "Phillarmonics", disco que tornou esta dinamarquesa numa figura de culto entre os que apreciam a difícil arte de preencher o silêncio de forma espartana e esteticamente irrepreensível. Missão cumprida com distinção.
O colossal talento e criatividade de Julia Holter parecem não ter limites e o espanto multiplica-se a cada novo disco. "Ekstasis" era uma magnífica obra-prima e o novíssimo "Loud City Song" mais se lhe arrima.

Emily Jane White - Blood)Lines
Agnes Obel - Aventine
Julia Holter - Loud City Song

Farmácia de serviço 1 | 2 | 3

Oh Jesus...


O shuffle do meu iPod sabe-a toda. Esperou pacientemente que o Outono saísse finalmente do armário e assumisse que prefere os chuvosos dias cinzentos varridos a vento sul, à esperança traiçoeira de tardes solarengas, birrentas e caprichosas, para me apresentar a nova colecção Outono/Inverno. E "Versions", de Zola Jesus, é mote perfeito para dar início à banda sonora.



Farmácia de serviço

Waiting for her man


Entre as habituais banalidades cuspidas sem esforço e os obituários "chapa quatro" guardados em gaveta, muita coisa foi dita sobre a recente morte de Lou Reed. Esta é a única que realmente interessa.

I'm Just Sayin'...

25.10.13

Nas nuvens.

As paisagens sonoras de Julianna Barwick rivalizam com a que assisto neste momento….



Hoje, em Guimarães. Façam o favor de não faltar, sim?

Farmácia de serviço

17.10.13

Elsa - In Two



Guitarras entrelaçadas em padrões saturados de reverberação, batidas debitadas por uma caixa de ritmos vintage, tudo conduzido por uma voz que parece resgatada dos baús da 4AD, são elementos suficientes para captar a atenção de qualquer fã dos Real Estate viciado em melodias infecciosas.
Eis os Elsa, banda de Toronto com morada na editora Not Unlike acabadinha de lançar o  seu primeiro EP em ...k7.

Farmácia de serviço via weirdcanada

16.10.13

Leverage Models


Por mais versões que se façam de "Party Fears Two", nunca serão suficientes. Mesmo tendo em conta que a única capaz de rivalizar com o fabuloso original dos Associates pertence aos Divine Comedy, todas são bem-vindas.  A mais recente vem carimbada pelos Leverage Models, a nova banda de Shannon Fields, que, após três promissores EP's, acaba de editar o muito apetecível album de estreia, com colaborações de Sharon van Etten e LCD.





Farmácia de serviço


14.10.13

Gyða Valtýsdóttir @ Café Au Lait, Porto 13.10.2013

Têm sido imensos (e intensos) os concertos generosamente oferecidos pela Bodyspace aos domingos à tarde no Café Au Lait, mas este foi mesmo especial. Não é todos os dias que podemos assistir a um concerto/improviso/performance desta multifacetada artista islandesa, habitual colaboradora dos múm, ainda por cima na companhia de tão ilustres convidados como Josephine Foster, Victor Herrero e Shahzad Ismaily. Mágico e irrepetível.
Se todos os fins de tarde chuvosos de domingo fossem assim, não queria outra coisa.

10.10.13

Se isto não é um dos melhores anúncios de sempre, vou ali e já venho...

Fionna Apple numa fantástica interpretação de "Pure Imagination" (da banda sonora do filme "Willy Wonka & The Chocolate Factory", de 1971) para a Chipotle.

4.10.13

Courtney Barnett


Esta miúda é uma força da natureza. Musicalmente próxima da acidez folk de Sharon Van Etten, numa versão muito mais gingona. Lírica e metricamente deslumbrante na evocação de um Bob Dylan (ironicamente referido no vídeo) ultra-inspirado e no pico da relevância. Isto tudo com apenas 25 anos, é no mínimo prometedor. The future's so bright she's gotta wear shades...



Farmácia de serviço

26.9.13

Cults II

Static, o muito esperado segundo álbum dos nova-iorquinos Cults é editado a 15 de Outubro. A avaliar pelas amostras entretanto dispensadas, não perderam um pingo que seja do encanto original.
Ao contrário do que seria de esperar, a separação a nível pessoal do casalinho mentor da banda não causou danos na parceria musical, apenas a tornou mais áspera sonicamente.  
Ronettes com cheirinho a Tame Impala. Soa bem?




farmácia em breve....


Jon Hopkins - Breathe This Air feat. Purity Ring

Mockumentary da semana: Islands



farmácia de serviço

20.9.13

Foreign Fields


Ainda não há muito tempo, Eric Hillman e Brian Holl, editaram sob o nome Flights, o envolvente e contemplativo "Anywhere But Where I am" (2011), que continha uma mão cheia de preciosidades de encher o ouvido como as excelentes "Pillars" e "Mountaintop". O álbum passou injustamente ao lado muita gente e talvez por isso os rapazes tenham decidido, ainda durante a sua promoção, alterar o nome da banda para Foreign Fields, na esperança de melhor fado. Muda.se o nome às abelhas mas o mel continua o mesmo. O novo favo, intitulado "Tuscaloosa", uma pequena cidade no estado de Alabama, é o resultado de uma sessão improvisada para amigos após um concerto nessa mesma cidade, em que algumas faixas do álbum de estreia recebem nova decoração, tornando-se ainda mais calorosas.
O disco - vejam só como os moços são generosos - pode ser descarregado gratuitamente aqui.
Toca a embelezar os ouvidinhos.




Joy Wellboy


A BPitch Control, editora fundada por Ellen Allien em finais de 90 e casa de Apparat e Modeselktor, tem agora dois novos inquilinos, o duo belga Joy Wellboy, formado por Joy Adegoke e Wim Janssens, que acabam de editar o seu álbum de estreia, "Yorokobi's Mantra". Não vai muito além do trip-hop acústico-bonitinho reformulado para o sec. XXI, mas tem pelo menos um tema do caraças.
Aqueles com o braço no ar que perguntam se é este aqui em baixo, podem passar na farmácia para levantar o prémio.



farmácia de serviço

18.9.13

Rhye uno

Há um ano atrás, quando por aqui se chamou a atenção para o então emergente projecto Rhye, não imaginava a dependência sonora que o disco de estreia iria causar no equilíbrio emocional dos meus neurónios, que passarem o verão em festa permanente numa luxúria desbragada à custa de "The Last Dance" (sempre colado a "Loose Yourself To Dance" dos Daft Punk), "Open" e deste jubiloso "3 Days".
Se no final ficarem com um gostinho a Sade nos ouvidos, não estranhem. É um efeito secundário perfeitamente aceitável.


Best Coast - I don't Know How

A semi-desilusão que foi o segundo álbum dos Best Coast, editado no ano passado, poderá vir a ser apagada com a edição de um novo EP intitulado "Fade Away", cuja terceira música entretanto revelada ("I don't Know How") podem escutar aqui em baixo. Se eu tivesse facebook era gajo para ir lá pôr um like. Ou então não.

Hey lá!!

Os nerds responsáveis pelo novo Grand Theft Auto V - que saiu ontem - convidaram uma data de gente de gosto e talento inquestionáveis, para criar a música original que passa nos auto-rádios das carripanas que roubamos para atropelar peões incautos e abalroar carros patrulha. Um deles é o senhor George Lewis Jr, mais conhecido por Twin Shadow, que esgalhou esta bomba high energy destinada a estourar nas pistas de dança de,,,há 20 anos atrás. Alguém sabe onde se pode arranjar uma fatia de vinil disto?




Korallreven - Try Anything Once

Já estava com saudades do Cornelius, obrigado Korallreven.
Pena não terem editado esta talhada de verão há uns meses atrás. Tinha dado mais jeito.



17.9.13

Twin Cabins

Nacho Cano, cumpriu aos dez anos de idade o sonho molhado de muitos mexicanos com fome de mundo : ir viver para o país vizinho, sem ser para ir trabalhar como jardineiro. Saiu-lhe a California na rifa e isso sente-se na sua música, pop retro 80's leve e descontraída, que emana frescura estival por todos os poros. Este EP, é uma segunda tentativa para relançar uma carreira iniciada o ano passado com o álbum "I'm Sure", repescando alguns dos temas e acrescentando outros.



farmácia de serviço 1 | 2

La Mobyda

Não há pachorra para o Moby, mas para o Wayne Coyne nunca há-de faltar.




farmácia de serviço

15.9.13

Lindo de morrer.


Mesmo quem seguiu com atenção a imaculada carreira de Bill Callahan desde os tempos em que editava como Smog, não estaria à espera que, logo à segunda edição em nome próprio, o homem fosse capaz de criar uma obra-prima da dimensão de "Sometimes I Wish We Were An Eagle", clássico incontestável a que apetece voltar vezes sem conta e um daqueles lugares sonoros a que verdadeiramente chamamos casa. Poderia muito bem ter sido um feito irrepetível sem que daí surgisse qualquer sentimento de orfandade, o seu sucessor, o belíssimo "Apocalypse", manteve o nível suficientemente elevado para satisfazer todos os Callahanólicos deste mundo. Mas eis que chega "Dream River" e a expressão "obra-prima" volta a fazer todo o sentido. O regresso mais aguardado do ano é tudo o que se poderia esperar e muito mais. São oito monumentais temas que vão tornar a fazer deste, o disco da vida de muito boa gente. Em dois deles ("Spring" e "Winter road"), Callahan canta "My eyes are still forming the door that I´m walking trough" e "I have learned to just keep on when things are beautiful", duas frases que, juntas, parecem balizar a sua filosofia de vida. Vida, cujo segredo da felicidade é aparentemente revelado em "Spring", sob uma sensual manta instrumental (a lembrar "Kaputt" dos Destroyer), com uma simplicidade desarmante: "All I want to do is to make love to you with a carless mind".
Preparem-se para não ouvir mais nada durante os próximos tempos.



Em Brooklyn não há disto, carago.

D'Bandada 2013. Porto.






13.9.13

Quentinho


A soul psicadélica que deu corpo a Big Inner, o belíssimo album de estreia de Matthew E. White, tem agora continuação num EP com 5 temas originias intitulado "Outer Face" e cuja edição em vinil se aconselha vivamente. O homem vale o seu peso em ouro. O disco pode ser pago em libras, aqui.



Falta apenas uma semana para terminar o verão em beleza...

Bill Callahan - Small Plane

8.9.13

Alice já mora aqui

Alice Boman - Waiting
Ontem, numa troca de cromos on the road, a caminho do belíssimo concerto de Neil Hannon em Guimarães, acabei por trazer este para casa. Fiquei, claramente, a ganhar.
Para os mais curiosos, vale pena darem uma espreitadela aqui e aqui.



Divinal

Divine Comedy @ Manta | CCVF | Guimarães | 07.09-2013



00:00:00 Assume The Perpendicular
00:04:20 Your Daddy's Car
00:08:43 When The Lights Go Out All Over Europe
00:12:17 The Summerhouse
00:16:36 The Lost Art Of Conversation
00:21:00 Something For The Weekend
00:26:03 Perfect Lovesong
00:29:39 Charmed Life
00:35:06 Bang Goes The Knighthood
00:37:52 The Complete Banker
00:42:11 Generation Sex
00:46:40 Hounds Of Love (Kate Bush cover)
00:50:34 A lady Of A Certain Age
00:56:00 Songs Of Love
00:59:58 National Express
01:04:09 At The Indie Disco
01:07:52 The Certainty Of Chance
01:12:15 Our Mutual Friend
01:16:26 Tonight We Fly
01:19:50 Lucy
01:24:47 The Frog Princess
01:29:49 I Like

5.9.13

New

"New" é a mais recente goma açucarada totalmente audível e potencialmente viciante saída da pena de Sir Macca, feito que já não acontecia desde o excelente "Chaos and Creation in the Backyard" de 2005 (sabiamente produzido pelo mago Nigel Godrich).
O tema chafurda na auto-citação dos dotes melódicos mais característicos do ex-Beatle e tem tudo para agradar até aos Beatlemaniacs menos seduzidos pela sua carreira pós-Fab Four.
A letra, uma pérola entre as silly love songs que ficarão para a história dos clássicos absolutos do jovem setentão, tem tiradas bem esgalhadas como esta: "We can do what we want, we can live as we choose". Podem encomendar já o vosso azulejo decorativo.
Ah, a produção, a cargo do Mário Barreiros inglês - Mark Ronson -, também dá uma ajuda.

22.8.13

Eleanor Friedberger


Pode não ser o mais óbvio disco de verão, mas é um dos melhores que ouvirão este ano. Ao segundo álbum a solo, Eleanor Friedberger quase faz esquecer que em tempos existiu uma banda chamada The Fiery Furnaces. Quase.



farmácia de serviço

1.7.13

Pixies - Bagboy

Os Pixies enfiaram um tema novo na minha caixa de correio. Consegue escapar por um triz ao estatuto de junk mail e talvez por isso, Kim Deal se tenha pisgado a sete pés.
Em Novembro há coliseu, mas eu, sem Kim, no deal.



farmácia

Little Children

Com este calor, só mesmo uma brisa sueca para acalmar as hostes.


farmácia de serviço 1 | 2

Au Revoir Simone

Toma lá fresquinho.

17.6.13

Treetop Flyers - The Mountain Moves


Munidos das artimanhas folk-rock de finais de sessenta, sob um nome surripiado a uma música de Stephens Stills, os ingleses Treetop Flyers divertem-se a clonar o código genético dos Crosby Stills Nash & Young, America e Fleetwood Mac, para criar canções amenas e ventiladas por uma suave brisa californiana. Nada mau para uma banda oriunda da pouco solarenga Londres.
Talvez por isso tenham recrutado os préstimos do eterno sidekick de Devendra, Mr Noah Georgeson um dos mais reputados artesãos revivalistas da sonoridade west coast, a par de Andy Cabic e Jonathan Wilson. Óptimo para um on the road pelo litoral lusitano.




farmácia de serviço

3.6.13

Surreal


Porto, La Blogothèque, Daniel Johnston. Há aqui uma conjugação de elementos mais perfeita que o tangram do Primavera Sound. Para ver e chorar por mais.

9.4.13

Carmen Villain

Carmen Villain é Carmen Hillestad, ex-modelo sueca, que se cansou de passear pelas capas das principais revistas de moda e decidiu mudar de rumo. Para despistar, adoptou um nome que parece roubado a Cruella De Vil e atirou-se à música com a mesma gana com que Kate Moss limpa espelhos com o nariz. O resultado é no mínimo intrigante. "Sleeper", o interessante disco de estreia, flutua num estado de ennui e escuridão interior que é a antítese do glamour adocicado de outras ex-modelos trovadoras. O single "Lifeissin", é o melhor cartão de apresentação, fazendo lembrar uma versão distorcida das Warpaint a brincar com a dissonância acústica de Thurston Moore.



farmácia de serviço

2.4.13

Jenny Hval - Innocence Is Kinky



Carreguem no play e sentem-se.
Fechem os olhos e deixem-se apalpar pela felicidade.



brevemente na farmácia de serviço

Mili Vinili


Discípulos do vinil, regozijai! Existe um sítio onde é Record Store Day todos os dias!

1.4.13

Sound City


Pergunta para queijo: o que é que que os Fleetwood Mac e os Nirvana têm em comum?
Quem respondeu Sound City pode avançar duas casas.
No primeiro caso, a banda deve (literalmente) a sua existência e sucesso à casa adquirida em 1970 por Tom Skeeter e Joe Gottfried. No segundo, talvez "Nevermind" não tivesse disparado para a estratosfera caso não sido gravado lá.
O mítico estúdio de Los Angeles, Meca de bandas e produtores que procuravam aquele elemento extra na pureza analógica, era famoso por possuir a "Neve Console" uma das pouquíssimas mesas de mistura criadas pelo génio da engenharia sonora, Rupert Neve, e responsável por uma dezena de êxitos que hoje reconhecemos como clássicos absolutos da música popular americana.
O estúdio já não existe, ultrapassado pelo ilusório facilitismo da gravação digital, mas a sua história pode ser devidamente apreciada no documentário realizado por um muito agradecido David Grohl, actual proprietário da famosa consola e defensor acérrimo da gravação analógica.

Vejam o filme completo aqui:


Ou dirijam-se à habitual farmácia de serviço: para os olhos | para os ouvidos

28.3.13

William Tyler - Impossible Truth


No seu segundo disco de guitarra solo, o texano com dedos de aranhiço cria uma obra-prima que é puro deleite. Como pano de fundo, desfocado e a preto e branco, temos os eternos John Fahey e Jack Rose a servir de referência. Mas o que realmente se destaca é a multiplicidade de cores, sons e emoções que jorram arrebatadoramente de um único instrumento, capaz de provocar o mais intenso orgasmo sonoro.
Quarenta e cinco minutos de beleza em estado puro, que transcende todas as expectativas possíveis e imaginárias.

farmácia de serviço

27.3.13

karen on the Wall

Perdoem-me a heresia, mas esta versão de "Something On Your Mind" não só está de puta madre, como não fica a dever nada ao original.
Por muito difícil que seja chegar aos calcanhares da fantástica Karen Dalton, esta miúda teve maturidade suficiente para se atirar a um clássico inimitável e esgalhar outro totalmente novo, sem prestar vassalagem ao original. É obra.



farmácia de serviço


22.3.13

Generationals – Heza

Há uma pilha interminável de discos para ouvir. Mas estes tipos subornam-me sempre com dopamina suficiente para galgarem logo para o topo da lista.


12.3.13

Wall - Shoestring EP


A britânica Lyla Foy, singer songwriter de travo folk-pop, está prestes a editar o seu primeiro EP, "Shoestring", pela Big Picnic (1 de Abril). Uma mão cheia de catitas canções de absorção imediata, com a insinuante voz da menina Foy a serpentear por entre melodias simples e reconfortantes, ideais para acompanhar o chá as cinco numa esplanada à beira mar.
Para os amantes dos 7", há também um single (Magazine) com edição limitada que já pode ser adquirido aqui.


7.3.13

Waxahatchee - Cerulean Salt


No ano passado, a rapariga cujo nome não conseguimos pronunciar, editou uma espartana colecção de preciosidades low-fi que passou quase despercebida pela maior parte dos radares. Agora é praticamente impossível abrir uma página sobre música, que não tenha o novo "Cerulean Salt" como álbum da semana.
Por vezes a vida dá umas voltas para melhor.....

farmácia de serviço 2012 + 2013

14.2.13

Metz | Plano B | Porto 12-02-2013


Foto © hugthedj


Histórico. Não há como dizê-lo de outro modo. A forma arrebatadora como a banda canadiana sacudiu estruturas e corpos num Plano B completamente à pinha, com um concerto a todos os níveis brilhante, foi um daqueles momentos "eu estive lá", que irá ser, para inveja de muitos, orgulhosamente ostentado pelo público presente como uma medalha de mérito.
O início, imerso em completa escuridão, apenas rasgada pelo longo e ruidoso sustenido da guitarra em jeito de crescente antecipação, foi mesmo o momento mais calmo dos quarenta e cinco minutos de velocidade vertiginosa, principiados com os potentes dois acordes de Knife In The Water. A partir daí, foi uma autêntica bola de neve, com os restantes temas do homónimo álbum de estreia a surgirem poderosos, conduzidos pelo imparável martelo pneumático da bateria, com baixo e guitarra a intercalarem riff atrás de riff, refrãos berrados em uníssono e moche generalizado. Uma valente tareia que deixou toda a gente a implorar por mais, mas que muito dificilmente se repetirá num espaço desta dimensão.
Para guardar na memória, na mesma prateleira que os Nirvana em Cascais, QOTSA no Sá Da Bandeira e Black Lips no Porto Rio.

13.2.13

Saint Bob's


Quem nunca se converteu à hilariante série de animação Bob´s Burguers, pode começar aqui:



...e continuar por aqui.

12.2.13

Metz nos ouvidos

Não serão, como li algures, os novos Nirvana. São os Metz. Power trio de virtuosos noise rockers, que adora esconder melodias muitíssimo bem esgalhadas, dentro de autênticas bolas demolidoras. Uma poderosa descarga de adrenalina capaz de pôr o mais zen dos monges budistas em headbanging descontrolado. Vejam-nos agora, na altura certa, antes que alguém, daqui a uns anos, vos tente impingir um sucedâneo de segunda categoria, como sendo os novos Metz.
Hoje, terça feira, às 21.30h, no Plano B, Porto. Quem faltar é uma mula sem cabeça.

8.2.13

Donald Byrd


Muitas noites bem regadas no extinto Trintaeum, acabaram ao som deste senhor.
Primeira baixa de monta de um ano com número aziago...

29.1.13

On An On - Give In


Quem investir algum tempo livre a "cuscar" na blogosfera sobre projectos em fase de pré-revelação, provavelmente já deparou com algum dos temas que esta banda foi atirando às feras ao longo dos últimos meses, deixando muita gente com água na boca pelo o prato principal.
Pois eis que ele chega. "Give In", o álbum de estreia,  é editado precisamente hoje, pela Rollcall Records.
Não é nada do que estávamos à espera. É muito melhor.



farmácia de serviço